Talvez você não saiba, mas a cibercultura já faz parte da sua vida!
Não só isso, a cibercultura também já é parte importante da sua empresa e fundamental para a TI. Entenda exatamente sobre o que se trata esse conceito e o quanto ele influencia o nosso cotidiano, continuando a leitura deste texto!
Conteúdo do artigo
O que é cibercultura
Cibercultura diz respeito aos novos comportamentos e padrões de interação adotados pela sociedade devido à influência das novas tecnologias.
A cibercultura democratiza a troca de experiências e de informações, além de contribuir para a expressão, comunicação e aprendizagem de todos que tenham um dispositivo com acesso à internet e saibam como utilizá-lo. Quem não tem ou não sabe como manusear, acaba não podendo contribuir para a cibercultura e, assim, pode se tornar um excluído digital.
Muito do que se refere à cibercultura acaba acontecendo no ciberespaço (ambiente virtual), mas é possível que seja mesclada à realidade tradicional, devido ao estreitamento cada vez intenso das barreiras entre o físico e o digital.
A cibercultura não é a representação de uma cultura já existente e não está condicionada aos fatores “tradicionais” do que entendemos por cultura, como história, religião ou costumes locais.
A cibercultura é a criação de uma nova cultura, resultante da junção de pessoas das mais variadas culturas, que se conectam e interagem entre si, rompendo limites e desbravando horizontes.
O que é cibercultura para Lévy
Pierre Lévy foi o precursor do termo cibercultura e é, até hoje, um dos maiores estudiosos sobre esse assunto.
Em seu livro Cibercultura, Lévy define a cibercultura como “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”.
A cibercultura contribui para a criação e o fortalecimento da inteligência coletiva, que, segundo o mesmo autor, pode ser entendida como o “vínculo entre diversas competências, ideias e conhecimentos, articulado entre os indivíduos no ciberespaço”.
Podemos concluir, portanto, que a cibercultura representa a formação de uma comunidade global, conectando indivíduos e instituições de qualquer parte do mundo. No entanto, da mesma forma como acontece no “mundo real”, a cibercultura ainda é desigual e precisa ser aperfeiçoada.
Nas palavras de Pierre Lévy: “A cibercultura mantém a universalidade ao mesmo tempo em que dissolve a totalidade. Corresponde ao momento em que nossa espécie, pela globalização econômica, pelo adensamento das redes de comunicação e de transporte, tende a formar uma única comunidade mundial, ainda que essa comunidade seja – e quanto! – desigual e conflitante”.
Cibercultura: quando surgiu
O termo cibercultura foi cunhado por Pierre Lévy na década de 80 a partir de debates que já aconteciam sobre a internet e seu impacto na sociedade. Inclusive, foi nessa mesma época que surgiu o termo ciberespaço, proposto por William Gibson.
No entanto, alguns especialistas sugerem que, apesar do termo cibercultura ter sido criado e fortalecido entre as décadas de 80 e 90, muito em razão da popularização da internet, a origem desse entendimento é mais antiga, sendo que alguns citam os anos 50 (devido à informática e cibernética) e anos 70 (devido aos microcomputadores).
O que é cibercultura: exemplos
A cibercultura já está enraizada na vida da maioria das pessoas. Fica ainda mais fácil percebermos isso ao analisarmos alguns exemplos da cibercultura:
- Navegação em sites;
- Compras online;
- Transações bancárias por site ou aplicativo;
- Envio e recebimento de e-mails;
- Utilização de chats, fóruns, blogs;
- Escolha de quais conteúdos consumir, de acordo com interesse e relevância;
- Inscrições e preenchimento de formulários pela internet;
- Participação em cursos, eventos ou reuniões virtuais;
- Conexão, interação e manutenção de relacionamentos virtuais…
Se uma ou mais das ações listadas acima fazem parte do seu dia a dia, então, você já faz parte da cibercultura, mesmo sem querer!
Como a cibercultura tem influenciado a vida humana
Como foi possível perceber a partir dos exemplos que demos acima, a cibercultura já está totalmente enraizada no modo de vida das pessoas. Muito disso se deve à facilidade, à comodidade e à velocidade permitidas por ela. Afinal, muitas situações se tornam mais cômodas e produtivas se puderem ser tratadas online.
Além disso, a cibercultura também exerce forte influência sobre a aprendizagem humana. Isso porque o acesso ao conhecimento se torna praticamente ilimitado, devido à infinidade de informações disponibilizadas pela internet.
A cibercultura também está exercendo um papel cada vez mais determinante no desempenho, no sucesso e na longevidade dos negócios.
Empresas que não querem aderir a essas novas oportunidades e preferem manter distância da cibercultura e suas funcionalidades acabam perdendo a sua competitividade e relevância.
Isso porque a cibercultura abre espaço para a criação de modelos de negócios mais eficientes, para a otimização de processos, para o aumento da performance operacional.
Ao mesmo tempo, a cibercultura aproxima a empresa do consumidor e permite que haja uma compreensão mais aprofundada dos seus desejos, dos seus medos, das suas necessidades, das suas expectativas.
Assim, a empresa consegue colocar o cliente no centro da sua operação e consegue potencializar a sua operação, aumentando sua vantagem competitiva em relação aos concorrentes e a sua relevância para o mercado consumidor.
Qual é a importância da cibercultura para a TI
Considerando que a Tecnologia da Informação (TI) diz respeito a todas as soluções tecnológicas utilizadas para otimizar o dia a dia e processar informações, podemos concluir que a TI está totalmente relacionada à cibercultura.
Pensando especificamente em um contexto empresarial, ousamos dizer que a TI é quem sustenta a cibercultura, pois é quem provisiona toda a infraestrutura necessária.
Ao mesmo tempo, é a cibercultura quem aponta as novas tendências, sugere movimentações de mercado, acentua novos comportamentos e preferências do consumidor, além de aprimorar e fortalecer conexões.
Com base em tudo isso, a TI deve criar ou revisar suas estratégias, buscando acompanhar – ou se antecipar – a novas oportunidades e mudanças que surgem praticamente a todo instante.
A partir da cibercultura, a TI é capaz de identificar necessidades e criar soluções, como é o exemplo de avanços tecnológicos como Internet das Coisas e Computação em Nuvem.
A cibercultura quebra barreiras e expande o mundo real
A cibercultura quebra barreiras e expande os limites da interação, da expressão, do conhecimento e das possibilidades.
Ela não deve ser encarada como uma forma de substituir o mundo real, mas de potencializá-lo e expandi-lo. Nas palavras do próprio Pierre Lévy: “o virtual não substitui o real, ele multiplica as oportunidades para atualizá-lo.”
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